terça-feira, 14 de maio de 2013

Um homem qualquer...

Certo homem, um dia, se aproximou de mim e me encheu de elogios... Foi aos poucos tecendo uma teia de palavras e gestos que, com certeza, ele considerava adequado para o tradicional movimento de um  homem quando deseja despertar o olhar de uma mulher.

Tudo estava perfeito, as palavras eram lindas... se considerarmos o modelo óbvio de encantamento para a alma feminina. Parecia realmente, que tudo iria transcorrer como o desejado.

Observei e permiti que a teia fosse sendo confeccionada, mas fiquei atenta pois, era um movimento bastante sedutor e facilmente poderia deixar uma mulher (desatenta) apaixonada...

Até que em determinado momento perguntei se havia uma namorada em sua vida, ele disse que sim. Não me surpreendeu, eu imaginava ( previsíveis demais!). Mas, como eu estava como observadora de todo esse movimento, ainda permiti que ele pudesse continuar tecendo sua teia.

Comecei a me perguntar como um homem lindo e tão talentoso em sua profissão estaria se submetendo a esse tipo de necessidade tão infantil e óbvia? Mas, ele não desistiu. Continuei observando e ele se esmerando na "dança do acasalamento" como diria o Dino (da família dos Dinossauros). Até o momento em que ele começou a ouvir o próprio eco. Sendo assim, resolvi "bater na porta", para ver se ali, naquele lindo corpo habitava alguém; para minha surpresa (será?), não encontrei ninguém!

E se o  objetivo dele fosse atingido? Ou seja, se conseguisse despertar em mim uma avassaladora paixão? Como tudo estaria agora? A velha historinha cultural,  mais uma vez se repetindo no "joguinho do amor", onde acreditamos ser maravilhoso! Ah! Isolda e Tristão!!!

Um homem comprometido  tentando seduzir outra mulher! Será apenas carência ou cara de pau mesmo? Poderia dissertar infinitamente sobre isso... mas, prefiro apostar no cara de pau e simplificar a situação, afinal a historinha é tão comum e boba que não merece prolongá-la.

O final dessa historinha? Caso eu não tivesse resistido aos seus encantamentos?  Ele estaria com seu ego "alimentado", dizendo-se tão envolvido com sua namorada (coitada), que não poderia deixá-la,  nem mesmo pela nossa "linda paixão"!   Ufa! Quanta preguiça!


Hoje, amanheci conversando com a minha mente. Tentei entender como um instrumento tão poderoso como é, pode criar tantas confusões na existência de quase toda a humanidade. Observei calmamente cada movimento: do abrir dos meus olhos ao meu "acordar"... Percebi que rapidamente ela, a mente, não espera nem o "despertar" tranquilo do meu corpo,  e começa uma corrida desenfreada para dar lugar a pensamentos do ontem e o planejamento do que virá.

Tentei trazê-la para o momento presente, o Agora, consegui pois, pratico esse exercício algum tempo, mas não é fácil, a tentação dos pensamentos é sedutor; funcionam como armadilhas desejando capturar você.

Quando consigo dominá-la, desperta imediatamente o meu verdadeiro "eu". Quanta tranquilidade!! Aqui não tem medo nem dúvidas, tudo acontece por ter que acontecer... Tudo está perfeito. A harmonia do universo está em pleno florescer, pois, ela, a mente, deu uma "folguinha" e permitiu que o meu ser, em essência, se manifestasse...  Eu não sou a minha mente.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Maluca Beleza ou...

http://www.youtube.com/watch?v=gm9rsniAe_o

Enquanto você se esforça prá ser
um sujeito normal
e fazer tudo igual

Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total
na loucura real

Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez

Vou ficar 
ficar com certeza
maluca beleza


Este caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir
por não ter onde ir

Controlando a minha maluquez
misturada com minha lucidez

Vou ficar
ficar com certeza
maluca beleza
Eu vou ficar.....

Hoje amanheci pensando em Raul. "Toca Rauuul!"  

Faço reverência a esse grande poeta que nos deixou um legado de sensibilidade...

Um poeta corajoso que se manteve na vanguarda do pensamento social.
Amar suas ideias é fácil, ser você deve ter sido muito difícil!
Quanta inquietude! Quanta vida! Quanto potencial para eclodir e se transformar em comportamento de vanguarda...

Amo você Raul Seixas!  Minhas inspirações existenciais foram adubadas  por você e Lulu Santos...

domingo, 14 de abril de 2013

Felicidade X Paixão


Monsier Binot   Esta música representa a simplicidade da felicidade e o conforto da existência humana... sensação gostosa ao ouvi-la!

Paixão... reações corporais e psíquicas que nos fazem conhecer o antagonismo da existência humana.
A palavra significa sofrimento, as sensações surgem com muita intensidade e prazer.
Chega como uma tempestade em alto mar.

A razão deverá prevalecer se não quiser sofrer...`
Paixão dura pouco e vai tirar você do foco, não perca o
controle de sua vida!

Felicidade não é acontecimento e nem fatos, tão pouco chega de fora...
Felicidade é estar no controle da própria vida!!!

domingo, 17 de março de 2013

Um convite para o AGORA

Sair e chegar... presentes constantes...
Olhar o desembarque dos mutantes, saber onde vai dar.

Nenhum atalho pode chegar.
Constantes amores irão acabar.

Vencer é o grito de guerra
Lamber os pés é o recomeço
Sair é a entrada ocipital do lugar...

Inspiração!!!

Vida linear... Onde a ruptura é a própria renovação.
Por que o sofrer se a natureza vence qualquer manifestação?

Digas se o que fazes não é desperdício?
Um colapso existencial estar por vir.

Não adianta se esconder ou fugir.
Estamos à beira do movimento transfigural do ser humano.

Não precisamos sofrer.
Iremos nos adaptar... Claro!

Não se apegues aos acontecimentos fortuitos...
Somos imperiosos em nosso acordar!

domingo, 18 de novembro de 2012

Princípio do Prazer

"Não se pode receber prazer sem dar prazer; que cada gesto, cada carícia, cada aspecto, cada parte do corpo esconde em si um segredo, cuja descoberta causará delícia a quem fizer.

Os amantes não devem separar-se após a festa do amor, sem que um parceiro sinta admiração do outro; sem que ambos sejam vencedores tanto como vencidos, de maneira que em nenhum dos dois possa surgir a sensação de enfado ou de vazio e ainda menos a impressão desagradável de terem-se maltratado mutuamente." (Hermann Hesse)